Ideal para uma reforma rápida e econômica, o sistema é mais frágil que uma parede de alvenaria convencional. Saiba mais antes de definir a melhor opção para sua casa.
Usado em larga escala em construções residenciais e comerciais, o Drywall é uma tecnologia que substitui a alvenaria convencional em ambientes internos e pode ser utilizado em paredes, revestimentos ou em tetos. Composto por chapas de gesso aparafusadas em estruturas de aço, é um método que não utiliza água, gera poucos resíduos na obra e torna a construção mais rápida, barata e leve.
Seu uso mais comum é como divisória em ambientes secos, como salas e quartos, por exemplo, quando não há estrutura para a construção de uma nova parede de alvenaria. “A principal vantagem do Drywall é a leveza, que possibilita maior flexibilidade no layout e uma execução da obra até 4 vezes mais rápida”, destaca Rodrigo Bergami Trevizani, coordenador de marketing e produtos da Knauf. Com a possibilidade de criar paredes mais finas, seu uso pode resultar em um ganho de área útil de até 4%, valioso quando se fala em aproveitamento de espaço.
Além da construção de paredes, ele pode ser utilizado para melhorar o acabamento daquelas existentes, já que as placas são livres de imperfeições, dispensando o preparo para pintura. Também é uma escolha frequente na elaboração de tetos decorados ou de iluminação embutida. “Mesmo após a construção, o Drywall oferece facilidade na manutenção e no acesso às instalações hidraúlicas e elétricas, dispensando o quebra-quebra. Em termos de desempenho, oferece maior conforto térmico e isolamento sonoro”, explica Rodrigo. Se necessário, materiais de isolamento termoacústico, como a lã-de-vidro, podem facilmente ser inseridos entre os montantes da estrutura.
De modo geral, não existem restrições quanto ao uso do Drywall, mas é fundamental ter em mente que cada área de aplicação pede por uma chapa específica. “As placas brancas são as mais comuns para ambientes secos. As verdes possuem adição de silicone e apresentam maior resistência à umidade, ideais para uso em banheiros e cozinhas. Já as placas rosas contêm adição de fibras de vidro, resistentes ao fogo”, explica o arquiteto Pietro Terlizzi. O Drywall não foi desenvolvido para aplicações em fachadas ou ambientes externos, mas já existem chapas específicas para uso exterior, com véu de fibras de vidro, resistente a intempéries climáticas.
Vale destacar que o Drywall é um sistema de vedação, portanto não deve ser tratado como estrutural. “Ao mesmo tempo que isso permite flexibilidade e alterações na planta sem grandes problemas, são paredes que não suportam muito peso e necessitam de um reforço para instalação. Não se deve jogar nada ou bater nelas, pois têm ruptura frágil. Também é necessário um cuidado maior para fixar objetos diretamente no drywall, o que requer um acessório diferente para cada tipo e peso de objeto”, alerta Pietro.
Se instalado corretamente por mão de obra especializada, seguindo as especificações das placas para cada ambiente e atentando-se à presença de juntas de dilatação próximas às lajes, por conta da dilatação térmica diferente do concreto, sua duração é indeterminada. “É importante lembrar que apesar de termos tecnologia para utilizar o Drywall em ambientes com umidade e próximos ao fogo, o material é resistente e não à prova desses impactos”, reforça Pietro. Caso a placa precise ser substituída, total ou parcialmente, pode ser cortada e reparada.
Matéria Casa e Jardim Link